O uso das redes sociais como forma de educar...
As redes sociais estão crescendo de maneira vertiginosa no Brasil. Entre blogs, microblogs, redes de compartilhamento de fotos, imagens e vídeos, o Facebook é uma plataforma que mistura todos esses elementos e virou unanimidade entre os jovens.
Observando essas tendências e o
comportamento de seus alunos, o professor de geografia Eduardo Castro,
do Colégio Sidarta, em Cotia, resolveu apostar no Facebook como
ferramenta de ensino à distância. “Pensava em criar um espaço fora de
sala de aula para ampliar os estudos, e que viabilizasse uma interação
com os alunos. Inicialmente pensei em um blog, mas, analisando o
Facebook, vi que ali estava um meio com todos os elementos necessários
para meu projeto de EAD”, conta Eduardo.
Em entrevista ao GUIA DO ESTUDANTE, o
professor explicou que o conteúdo do ensino médio é extenso e nem sempre
era possível contemplar assuntos da atualidade com a profundidade que
mereciam. Dessa forma, o Facebook surgiu como um meio para a postagem de
notícias, vídeos, links e arquivos que poderiam interessar aos
estudantes.
O
sucesso da iniciativa entre os alunos do 3º ano foi tanto que os alunos
do 2º ano também pediram um grupo de Facebook para o professor. Hoje, o
volume de interações da turma do 2º ano já superou a quantidade de
postagens da turma de 3º ano.
Outra vantagem do Facebook, segundo o
professor, está no uso do chat. “Essa ferramenta é muito simples e
possibilita plena interação entre todos nós, tanto eu com eles, como
entre eles próprios. Já percebi, na prática, como funciona bem”, conta
Eduardo, que vem tirando muita dúvida de aluno na véspera da prova via
FB. “Eles estão sempre conectados e a receptividade é muito boa”.
Embora a turma do 2º ano tenha recebido a
novidade com entusiasmo, Eduardo Castro ainda não aplicou avaliações
através do Facebook para esses alunos. A turma de 3º ano já foi
convidada a postar comentários sobre materiais publicados na rede social
valendo nota. De acordo com o professor, a escola respaldou a
iniciativa desde o começo. “Esse tipo de interação [em redes sociais] já
virou um hábito irreversível dessa geração. A escola não pode ficar
fechada dentro dos próprios muros. Nós, educadores, só vamos conseguir
interferir efetivamente na vida e nos interesses dos alunos quando
alcançarmos a linguagem deles”, diz.
Criado há quatro anos, o twitter é uma ferramenta que vem
modificando a comunicação na internet. Entre os alunos, o microblog é
uma realidade e as escolas estão percebendo sua importância na
comunicação. Diversos colégios brasileiros o adotam para falar sobre
eventos ou se comunicar com os pais. Em algumas partes do mundo
professores estão dando um passo a mais e usando a ferramenta para
desenvolver experiências pedagógicas em sala de aula.
“Estamos no momento em que a escola deve se modificar
para acompanhar a realidade do aluno. O professor deixou de ser somente
um transmissor e passou a ser um tutor de conhecimentos”, avalia
Otacília Pereira, coordenadora do Núcleo de Tecnologias Aplicadas à
Educação do Senac-SP.
O iG Educação pesquisou na internet relatos de professores que desenvolveram práticas pedagógicas que deram certo. Veja algumas ideias:
Interesse pela leitura
A historiadora especializada em Grécia Antiga Debra Hamel coloca, duas vezes ao dia, a primeira frase de um livro para despertar a curiosidade dos leitores para a obra. O post leva sempre um link para o leitor saber mais ou comprar o livro.
Criado em 2007, a página conta com mais de 2 mil primeiras frases de livros – mas todos em língua inglesa.
Concurso de contos
Escrever algo coeso em um espaço de apenas 140 caracteres é um grande desafio. A Academia Brasileira de Letras lançou um concurso de microcontos e os melhores ganharão prêmios. Esta ideia pode ser levada para a sala de aula.
Frases célebres
"Existem mais mistérios entre o céu e a Terra do que sonha nossa vã filosofia". Esta é uma das famosas frases do escritor inglês William Shakespeare. Que tal lançar uma frase de grandes personagens da história mundial por dia e ver quem descobre quem foi que a disse? Ela pode servir de gancho para a próxima aula, que pode ser sobre os grandes feitos desta personagem.
O site americano Historical Tweets brinca com a personalidade de pessoas famosas e publica frases que poderiam ter sido ditas por elas. Veja como a brincadeira pode ser divertida e instrutiva ao mesmo tempo.
O que se fala por aí
A página www.twitterfall.com tem um bom sistema de busca por assuntos relacionados. Basta colocar o símbolo sustenido (#) seguido pela palavra que representa o tema da aula e o sistema traz uma lista do que está sendo dito sobre o assunto. Assim, os alunos poderão vivenciar que o que aprendem na sala de aula é bastante necessário para que possam participar do que acontece no mundo.
Geografia no twitter
O professor Tom Barrett inventou um jogo interessante e contou com a colaboração de seus contatos no twitter para colocar seus alunos da 5ª série para pensar. Ele pediu à sua rede de contatos dicas sobre suas localizações por meio do microblog e colocou seus alunos para procurar estes pontos de referência no Google Earth.
Explicando Matemática
Uma professora do ensino básico dos EUA teve uma ideia simples de usar o twitter para explicar o conceito de probabilidade. Ele pediu para sua rede de amigos que respondesse qual era a probabilidade de cair neve em suas cidades. As crianças perceberam que a probabilidade variava de cidade para cidade, aprendendo o conceito das variáveis.
Preparações
Para uma experiência com o microblog funcionar bem, assim como uma aula tradicional, é necessário um planejamento prévio. O professor Tom Barrett deixa alguns conselhos em seu blog que podem ajudar bastante:
- Ao propor uma atividade que envolva sua rede de contatos, lance a pergunta com um ou dois dias de antecedência à aula, para que seus amigos tenham tempo hábil para participar.
- Mantenha-se aberto às novidades: às vezes, a proposta inicial pode se mostrar não tão satisfatória quanto o planejado, mas dela podem surgir outros aprendizados. Mude a proposta, se for necessário.
- Observe os alunos durante a navegação. Seja um condutor e deixe que a curiosidade deles flua. As descobertas podem gerar novas experiências.
Vídeos têm sido cada vez mais utilizados como recurso pedagógico. O
uso de vídeos respeita as teorias dos estilos de aprendizagem e das
múltiplas inteligências: alguns (ou muitos?) alunos aprendem melhor
quando são submetidos a estímulos visuais e sonoros, em comparação com
uma educação baseada somente em textos.
Vídeos podem ser utilizados para enriquecer aulas presenciais e em educação a distância; os professores podem produzir vídeos, assim como os próprios alunos, como atividades de criação. Vídeos podem, também, ser utilizados para registrar o progresso dos alunos em atividades e resoluções de problemas, dentre várias outras aplicações.
Uma experiência recente realizada com o YouTube no ensino superior foi conduzida pela professora Alexandra Juhasz, que ministrou a disciplina Learning from YouTube no Pitzer College, em 2007. Eu comentei a experiência em Vídeos em EaD.
Outra, mais recente, é o curso YouTube for Educators, oferecido pela Boise State University.
O orkut oferece muitas formas de interação com diversas pessoas, estimulando assim o contato com a diversidade social, sendo que as pessoas que o utilizam são das mais variadas culturas e personalidades .
Uma possível limitação no uso do orkut em ambientes pedagógicos é que o mesmo não oferece assuntos de cunho científico e é apenas uma ambiente virtual, sendo que a escola precisa ter um ambiente informatizado e professores capacitados para o corrente uso deste em sala de aula.
As oportunidades encontradas em usar o orkut são voltadas ao estímulo dos alunos em fazer uma rede de amigos e se manter informado pelo assunto de seu interesse. A utilidade pedagógica é aliar conteúdo X interação, fazendo com que os alunos conheçam os diferentes ambientes/comunidades que são discutidos tais temas. A prática também se alia a informação a ser mediada e transformada em conhecimento.
Penso que para a educação, o orkut é mais uma proposta que pode tornar o processo ensino/ aprendizagem mais significativo e contribuir para a inclusão digital, sendo esta também mais uma forma, apesar de limitada, de integrar tecnologia e educação.
POSSÍVEIS ATIVIDADES DE UTILIZAÇÃO DO ORKUT EM ATIVIDADES ESCOLARES- Criação de comunidades contendo conteúdos a serem discutidos pelos alunos em sala de aula, envolvendo temas transversais como: sexualidade, drogas, etc. Sendo que estas discussões devem ser mediadas pelo professor ( informação/ conhecimento);
- Debate em sala de aula sobre a diversidade de pessoas que utilizam o orkut, analisando os perfis aos quais os jovens e adolescentes se identificam.
Engajar alunos é um desafio diário para professores, sejam eles de instituições superiores tradicionais ou de ensino a distância. Em tempos de internet, prender a atenção do estudante se transformou em uma verdadeira batalha e, nessa luta, os gestores são importantes aliados. Por vezes, são eles que, com uma visão que vai para além do dia-a-dia, enxergam oportunidades onde muitos só vêem problemas. Assim acontece com o Instagram, a rede social de compartilhamento de fotos que muitos acreditam ser uma distração mas que pode, com alguns ajustes, se tornar uma excelente ferramenta educacional e ser utilizada por gestores, professores e, é claro, alunos.
Criado em 2010, um dos principais trunfos do Instagram é sua simplicidade: uma linha do tempo de fotos e, mais recentemente, vídeos de 15 segundos, que as pessoas curtem ou comentam. Se por um lado pode parecer limitadora, por outro, tal característica permite que se faça usos mais controlados da plataforma.
Antes de adaptar ideias, é bom pensar na conta de Instagram. Para que os experimentos não saiam do controle de professores e gestores, o ideal é criar uma conta para a turma. Para tanto, basta ter um endereço de e-mail e um smartphone. Por mais que os tempos sejam outros, a instituição não pode deixar de se preocupar com a privacidade e a segurança dos seus estudantes. Por isso, ao criar um perfil para uma determinada turma, a dica é fazer dela uma conta privada, que só quem tiver o acesso liberado poderá visualizar.
Ajustes feitos, é hora de começar a usar o Instagram:
1) Vitrine de trabalho dos alunos: além dar acesso aos alunos da turma, um perfil no Instagram poderá dar acesso também a outros estudantes da mesma instituição e funcionar de expositor para o que está sendo feito por lá. Um vídeo com a resposta a pergunta do conteúdo trabalhado, uma foto que funciona de referência para alguma matéria são exemplos de postagens que transformam a conta em vitrine para colegas.
2) Aluno da semana: uma forma interessante de engajar os alunos no uso da ferramenta é convidá-los para participar ativamente da sua atualização. Uma ideia é transformar os estudantes em embaixadores do Instagram. A cada semana, um deles será responsável por documentar o andamento das aulas.
3) Memórias da classe: outro bom uso do Instagram é fazer da conta um álbum de retratos. Documentar uma reunião em grupo, uma saída a campo, uma viagem em turma ou mesmo a apresentação de um trabalho é uma maneira de guardar lembranças desses momentos.
4) Figuras históricas: o Instagram também pode servir para ajudar a aflorar a imaginação dos alunos. Que tal convidá-los a recriar o Instagram de alguém muito famoso como, por exemplo, Albert Einstein, com fotos emblemáticas da sua história? Escolha uma personagem importante para a matéria e deixe os estudantes livres para se expressar.
5) Personagens literários: a ideia de criar perfis para figuras históricas pode ser levada a outro patamar, ao da imaginação pura e simples. Quem sabe pegar um personagem literário como Sherlock Homes ou do cinema como Don Corleone e deixar os estudantes responsáveis por criar uma versão verossímil do que seria o perfil no Instagram dessas personagens da ficção?
6) Recomendações literárias: o Instagram da turma pode também se transformar em uma ferramenta de troca de sugestões, no qual os alunos postam imagens de livros que estão lendo para determinada matéria e que podem ajudar os demais.
7) Passo-a-Passo: para trabalhos práticos, ou mesmo para a resolução de problemas do tipo matemático, por exemplo, o Instagram se mostra uma ferramenta ainda mais útil. Tem suporte melhor para fazer um passo-a-passo de algo do que imagens ou vídeos?
8) Caça-ao-tesouro: a conta da turma do Instagram também pode servir de ponto de encontro para experiências fora de aula, mas que, de alguma forma, se relacionam com o conteúdo. Basta que os professores desafiem seus alunos a encontrarem e fotografarem coisas específicas no mundo ao seu redor. A ideia é reunir em um só lugar diferentes pontos de vista sobre algo.
9) Ideias por escrito: inspire seus alunos com imagens que dariam um boa história. Uma postagem pode servir de tema para um trabalho a ser feito individualmente em casa ou mesmo para o surgimento de uma nova série de imagens feitas pelos estudantes.
10) Progresso do trabalho: o Instagram também é uma ferramenta interessante de documentação. Imagine chegar no final de um curso com várias imagens reunidas do período de ensino e aprendizado daquela turma?
Fontes: Canal do Ensino
Último segundo
João Mattar
EducaOrku
Desafios da educação
O iG Educação pesquisou na internet relatos de professores que desenvolveram práticas pedagógicas que deram certo. Veja algumas ideias:
Interesse pela leitura
A historiadora especializada em Grécia Antiga Debra Hamel coloca, duas vezes ao dia, a primeira frase de um livro para despertar a curiosidade dos leitores para a obra. O post leva sempre um link para o leitor saber mais ou comprar o livro.
Criado em 2007, a página conta com mais de 2 mil primeiras frases de livros – mas todos em língua inglesa.
Concurso de contos
Escrever algo coeso em um espaço de apenas 140 caracteres é um grande desafio. A Academia Brasileira de Letras lançou um concurso de microcontos e os melhores ganharão prêmios. Esta ideia pode ser levada para a sala de aula.
Frases célebres
"Existem mais mistérios entre o céu e a Terra do que sonha nossa vã filosofia". Esta é uma das famosas frases do escritor inglês William Shakespeare. Que tal lançar uma frase de grandes personagens da história mundial por dia e ver quem descobre quem foi que a disse? Ela pode servir de gancho para a próxima aula, que pode ser sobre os grandes feitos desta personagem.
O site americano Historical Tweets brinca com a personalidade de pessoas famosas e publica frases que poderiam ter sido ditas por elas. Veja como a brincadeira pode ser divertida e instrutiva ao mesmo tempo.
O que se fala por aí
A página www.twitterfall.com tem um bom sistema de busca por assuntos relacionados. Basta colocar o símbolo sustenido (#) seguido pela palavra que representa o tema da aula e o sistema traz uma lista do que está sendo dito sobre o assunto. Assim, os alunos poderão vivenciar que o que aprendem na sala de aula é bastante necessário para que possam participar do que acontece no mundo.
Geografia no twitter
O professor Tom Barrett inventou um jogo interessante e contou com a colaboração de seus contatos no twitter para colocar seus alunos da 5ª série para pensar. Ele pediu à sua rede de contatos dicas sobre suas localizações por meio do microblog e colocou seus alunos para procurar estes pontos de referência no Google Earth.
Explicando Matemática
Uma professora do ensino básico dos EUA teve uma ideia simples de usar o twitter para explicar o conceito de probabilidade. Ele pediu para sua rede de amigos que respondesse qual era a probabilidade de cair neve em suas cidades. As crianças perceberam que a probabilidade variava de cidade para cidade, aprendendo o conceito das variáveis.
Preparações
Para uma experiência com o microblog funcionar bem, assim como uma aula tradicional, é necessário um planejamento prévio. O professor Tom Barrett deixa alguns conselhos em seu blog que podem ajudar bastante:
- Ao propor uma atividade que envolva sua rede de contatos, lance a pergunta com um ou dois dias de antecedência à aula, para que seus amigos tenham tempo hábil para participar.
- Mantenha-se aberto às novidades: às vezes, a proposta inicial pode se mostrar não tão satisfatória quanto o planejado, mas dela podem surgir outros aprendizados. Mude a proposta, se for necessário.
- Observe os alunos durante a navegação. Seja um condutor e deixe que a curiosidade deles flua. As descobertas podem gerar novas experiências.
Vídeos podem ser utilizados para enriquecer aulas presenciais e em educação a distância; os professores podem produzir vídeos, assim como os próprios alunos, como atividades de criação. Vídeos podem, também, ser utilizados para registrar o progresso dos alunos em atividades e resoluções de problemas, dentre várias outras aplicações.
Uma experiência recente realizada com o YouTube no ensino superior foi conduzida pela professora Alexandra Juhasz, que ministrou a disciplina Learning from YouTube no Pitzer College, em 2007. Eu comentei a experiência em Vídeos em EaD.
Outra, mais recente, é o curso YouTube for Educators, oferecido pela Boise State University.
O orkut oferece muitas formas de interação com diversas pessoas, estimulando assim o contato com a diversidade social, sendo que as pessoas que o utilizam são das mais variadas culturas e personalidades .
Uma possível limitação no uso do orkut em ambientes pedagógicos é que o mesmo não oferece assuntos de cunho científico e é apenas uma ambiente virtual, sendo que a escola precisa ter um ambiente informatizado e professores capacitados para o corrente uso deste em sala de aula.
As oportunidades encontradas em usar o orkut são voltadas ao estímulo dos alunos em fazer uma rede de amigos e se manter informado pelo assunto de seu interesse. A utilidade pedagógica é aliar conteúdo X interação, fazendo com que os alunos conheçam os diferentes ambientes/comunidades que são discutidos tais temas. A prática também se alia a informação a ser mediada e transformada em conhecimento.
Penso que para a educação, o orkut é mais uma proposta que pode tornar o processo ensino/ aprendizagem mais significativo e contribuir para a inclusão digital, sendo esta também mais uma forma, apesar de limitada, de integrar tecnologia e educação.
POSSÍVEIS ATIVIDADES DE UTILIZAÇÃO DO ORKUT EM ATIVIDADES ESCOLARES- Criação de comunidades contendo conteúdos a serem discutidos pelos alunos em sala de aula, envolvendo temas transversais como: sexualidade, drogas, etc. Sendo que estas discussões devem ser mediadas pelo professor ( informação/ conhecimento);
- Debate em sala de aula sobre a diversidade de pessoas que utilizam o orkut, analisando os perfis aos quais os jovens e adolescentes se identificam.
Engajar alunos é um desafio diário para professores, sejam eles de instituições superiores tradicionais ou de ensino a distância. Em tempos de internet, prender a atenção do estudante se transformou em uma verdadeira batalha e, nessa luta, os gestores são importantes aliados. Por vezes, são eles que, com uma visão que vai para além do dia-a-dia, enxergam oportunidades onde muitos só vêem problemas. Assim acontece com o Instagram, a rede social de compartilhamento de fotos que muitos acreditam ser uma distração mas que pode, com alguns ajustes, se tornar uma excelente ferramenta educacional e ser utilizada por gestores, professores e, é claro, alunos.
Criado em 2010, um dos principais trunfos do Instagram é sua simplicidade: uma linha do tempo de fotos e, mais recentemente, vídeos de 15 segundos, que as pessoas curtem ou comentam. Se por um lado pode parecer limitadora, por outro, tal característica permite que se faça usos mais controlados da plataforma.
Antes de adaptar ideias, é bom pensar na conta de Instagram. Para que os experimentos não saiam do controle de professores e gestores, o ideal é criar uma conta para a turma. Para tanto, basta ter um endereço de e-mail e um smartphone. Por mais que os tempos sejam outros, a instituição não pode deixar de se preocupar com a privacidade e a segurança dos seus estudantes. Por isso, ao criar um perfil para uma determinada turma, a dica é fazer dela uma conta privada, que só quem tiver o acesso liberado poderá visualizar.
Ajustes feitos, é hora de começar a usar o Instagram:
1) Vitrine de trabalho dos alunos: além dar acesso aos alunos da turma, um perfil no Instagram poderá dar acesso também a outros estudantes da mesma instituição e funcionar de expositor para o que está sendo feito por lá. Um vídeo com a resposta a pergunta do conteúdo trabalhado, uma foto que funciona de referência para alguma matéria são exemplos de postagens que transformam a conta em vitrine para colegas.
2) Aluno da semana: uma forma interessante de engajar os alunos no uso da ferramenta é convidá-los para participar ativamente da sua atualização. Uma ideia é transformar os estudantes em embaixadores do Instagram. A cada semana, um deles será responsável por documentar o andamento das aulas.
3) Memórias da classe: outro bom uso do Instagram é fazer da conta um álbum de retratos. Documentar uma reunião em grupo, uma saída a campo, uma viagem em turma ou mesmo a apresentação de um trabalho é uma maneira de guardar lembranças desses momentos.
4) Figuras históricas: o Instagram também pode servir para ajudar a aflorar a imaginação dos alunos. Que tal convidá-los a recriar o Instagram de alguém muito famoso como, por exemplo, Albert Einstein, com fotos emblemáticas da sua história? Escolha uma personagem importante para a matéria e deixe os estudantes livres para se expressar.
5) Personagens literários: a ideia de criar perfis para figuras históricas pode ser levada a outro patamar, ao da imaginação pura e simples. Quem sabe pegar um personagem literário como Sherlock Homes ou do cinema como Don Corleone e deixar os estudantes responsáveis por criar uma versão verossímil do que seria o perfil no Instagram dessas personagens da ficção?
6) Recomendações literárias: o Instagram da turma pode também se transformar em uma ferramenta de troca de sugestões, no qual os alunos postam imagens de livros que estão lendo para determinada matéria e que podem ajudar os demais.
7) Passo-a-Passo: para trabalhos práticos, ou mesmo para a resolução de problemas do tipo matemático, por exemplo, o Instagram se mostra uma ferramenta ainda mais útil. Tem suporte melhor para fazer um passo-a-passo de algo do que imagens ou vídeos?
8) Caça-ao-tesouro: a conta da turma do Instagram também pode servir de ponto de encontro para experiências fora de aula, mas que, de alguma forma, se relacionam com o conteúdo. Basta que os professores desafiem seus alunos a encontrarem e fotografarem coisas específicas no mundo ao seu redor. A ideia é reunir em um só lugar diferentes pontos de vista sobre algo.
9) Ideias por escrito: inspire seus alunos com imagens que dariam um boa história. Uma postagem pode servir de tema para um trabalho a ser feito individualmente em casa ou mesmo para o surgimento de uma nova série de imagens feitas pelos estudantes.
10) Progresso do trabalho: o Instagram também é uma ferramenta interessante de documentação. Imagine chegar no final de um curso com várias imagens reunidas do período de ensino e aprendizado daquela turma?
Fontes: Canal do Ensino
Último segundo
João Mattar
EducaOrku
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